O primeiro ano na formação de um olival é considerado como o mais importante para o seu correto crescimento, sendo necessário uma série de intervenções, principalmente quanto aos tratos culturais envolvendo atividades de poda.
O primeiro ano na formação de um olival é considerado como o mais importante para o seu correto crescimento, sendo necessário uma série de intervenções, principalmente quanto aos tratos culturais envolvendo atividades de poda.
Para um melhor entendimento se faz necessário dizer que, por mais padronizado que sejam os tratos culturais, dificilmente uma planta apresentará crescimento idêntico a outra. O que interfere diretamente na aplicação dos cortes realizados nas oliveiras ao longo da sua cadeia produtiva.
Vale destacar que grande parte das mudas no Brasil são produzidas pelo processo de estaquia, ou seja, clonagem de oliveiras. As estacas são retiradas de um Jardim Clonal e desenvolvidas em estufas e casas de vegetação, sendo posteriormente vendidas ao produtor. A questão relevante neste processo é saber qual é o padrão ideal de uma muda apta para o plantio.
Uma muda padrão desenvolvida pelo processo de estaquia deve possuir de 60 centímetros a 1 metro, não pode conter ramificações e possuir haste única. Porém, é notório afirmar que a comercialização de mudas nem sempre alcança estes padrões, principalmente quando é comercializado por terceiros. É comum encontrar mudas com duas hastes, menores ou maiores, ramificadas, com danos no sistema radicular, presença de pragas, patógenos entre outros. Cada um destes fatores afeta diretamente o desenvolvimento da planta e consecutivamente as técnicas utilizadas na poda. Em outras palavras: as mudas adquiridas fora do padrão de qualidade afetam diretamente a condução do olival, podendo chegar às vezes, a atrasar as primeiras safras.
Outro fator importante que afeta diretamente as primeiras podas é o espaçamento entre plantas, sendo recomendado o 7 x 7. Quando adota-se um espaçamento menor, como por exemplo 6 x 4, se faz necessário a condução em forma de taça para que evite-se, em um primeiro instante, a competição entre plantas.
As formigas são a praga chave da olivicultura brasileira e o seu impacto é altamente elevado no primeiro ano de formação do olival. Após sofrer o ataque, a planta jovem cresce de forma desgovernada e altera significativamente as técnicas de podas empregadas às oliveiras. Em média, leva-se de 2 a 3 podas para que a planta recupere o seu crescimento padrão.
As técnicas de poda também possuem variações quando aplicadas às variedades de oliveiras. Por agrupamento podemos destacar as variedades Arbequina, Coratina, Koroneiki e Maria da Fé pertencentes a um padrão de poda mais comum e o agrupamento Ascolana, Grappolo e Frantoio a um padrão mais específico. Como exemplo de poda extremamente específica podemos destacar a não tão comercial Barnea.
A poda de desponte das mudas varia conforme a declividade do terreno e a utilização ou não de implementos agrícolas na hora da colheita. A média do corte está em torno de 1,10 centímetros.
Por mais instrutivo que sejam as informações contidas nesta publicação é recomendado ao investidor procurar acompanhamento técnico especializado.